Comitês > Osteoporose

>>Paciente de cirurgia bariátrica necessita de avaliação da saúde óssea

Paciente de cirurgia bariátrica necessita de avaliação da saúde óssea

By |2018-12-18T16:13:01-03:0018/12/2018|Comitês > Osteoporose|

Cirurgia bariátrica é um tratamento popular e eficaz para obesidade severa, com efeitos benéficos cardio-metabólicos, mas que pode ter efeitos negativos sobre o esqueleto, afirma o Dr. Bernardo Stolnicki.

Esta revisão resume as alterações na densidade óssea e metabolismo ósseo de estudos animais e clínicos de cirurgia bariátrica, com especial atenção para o bypass gástrico Roux-en-Y(RYGB), banda gástrica ajustável (AGB) e gastrectomia (SG).

Apesar dos desafios na imagem de densidade óssea, a preponderância de evidências sugere que os procedimentos de cirurgia bariátrica têm efeitos negativos sobre o esqueleto, que persistem além do primeiro ano de cirurgia, e que estes efeitos variam pelo tipo da cirurgia.

As implicações clínicas de longo prazo e recomendações clínicas atuais são apresentadas. Um estudo mais aprofundado é necessário para determinar os mecanismos de perda óssea após cirurgia bariátrica. Embora estudos iniciais sejam mais focados no metabolismo do cálcio e da vitamina D, parece provável que mudanças no perfil hormonal e metabólico podem ser responsáveis pelas alterações esqueléticas observadas.

Estes efeitos variam pelo tipo de cirurgia realizada. Em particular, os efeitos negativos esqueléticos do RYGB e SG parecem ser muito maiores do que para procedimentos puramente restritivos como AGB.

As implicações clínicas para o risco de osteoporose e fraturas são ainda pouco claras. Mas as recomendações de tratamento para todos os pacientes submetidos à cirurgia bariátrica incluem agressiva suplementação de cálcio e vitamina D e monitoramento de densidade óssea serial. Suplementos de cálcio e vitamina D são recomendados para todos pacientes que se submeteram à cirurgia bariátrica, com recentes diretrizes sugerindo 1200 a 1500 mg de citrato de cálcio e 3000 UI de vitamina D diários.

No entanto, as quantidades para a suplementação variam significativamente entre pacientes, com muitos necessitando doses significativamente mais elevadas (até 50.000 UI) para manter a suficiência de vitamina D e evitar hiperparatiroidismo secundário.

Em relação a medicamentos para osteoporose, atualmente não existe consenso de quem deve receber o tratamento, mas é geralmente aconselhável que se considere o tratamento em pacientes osteoporóticos e aqueles com alto risco de fratura. Após a cirurgia bariátrica, a biodisponibilidade de medicamentos orais pode estar reduzida ainda mais, e as preocupações têm sido levantadas sobre possíveis efeitos negativos de bifosfonatos orais sobre a erosão das anastamoses gastrointestinais.

Pacientes submetidos à cirurgia bariátrica tratados com bisfosfonatos ou denosumabe pode estar em maior risco de desenvolver hipocalcemia. O mais importante, até que os mecanismos de perda óssea após a cirurgia bariátrica tenham sido elucidados, permanece incerto se o tratamento padrão da osteoporose será eficaz nestes pacientes.

Últimas notícias da SBOT

Membro quite tem desconto no Congresso Anual SBOT!
Por favor, aguarde enquanto estamos te redirecionando.